O Marcelo Pinheiro (SP) fã do meu pai, me perguntou se a Tamba era invenção do meu pai ou do Helcio Milito...
Já falei disso por aí, mas nunca no blog ou na página do face, então, como é uma questão cheia de dúvidas, esclareço agora.
Conheci o Milito há alguns poucos anos atrás, estava até com minha mãe, tínhamos ido vê-lo dar uma canja em Copacabana.
Pois bem, perguntei a ele então sobre essa história em torno dos bambús, tamba, ele sorongo... porque eu sabia que os bambús eram do meu pai.
Então ele explicou:
um conjunto de bambús (2), o BAMBUSSOM, foram doados a ele por meu pai em gratidão pelo Krishnanda (Milito produziu o LP). Depois Milito incorporou esses bambús a outros instrumentos criando assim uma 'bateria' personalizada, chamada TAMBA.
Logo:
PEDRO SORONGO criou o BAMBUSSOM (conjunto de bambús) que serve como um dos elementos fixos da TAMBA, bateria estilizada criada pelo Milito.
Acho que meu pai não conseguiu patentear o BAMBUSSOM... ele é fabricado por aí... não sei se alguém o patenteou depois... ou seja, nós, a família, poderíamos estar ganhando pela fabricação e venda dos mesmos. Não estamos.
Essas coisas que acontecem....
Essas coisas que acontecem....
Aí embaixo, a foto do BAMBUSSOM, conosco até hoje.... :)
Lys,
ResponderExcluirMeu nome é Ricardo Queiroz, enteado do Sebastião Tapajós. Posso acrescentar algo a esta história porque eu conheci seu pai e vi a construção do Bambussom no início da década de 70. Você ainda usava fraldas. Éramos crianças e volta e meia agente aproveitava a casa da Edna Savaget e do Leopoldo Teixeira Leite em Angra dos Reis, quando passávamos as vezes uma semana curtindo aquele paraíso, eu, o Sebastião Tapajós (Tião), minha mãe e meus irmãos. A casa tinha uma praia particular e era cercada por uma vegetação densa e alguns bambus bem altos e grossos. Havia alguns destes bambus caídos na areia por causa das chuvas. Lembro do seu pai pedindo para o caseiro um serrote e eu me divertia com aquela operação. Foram cortados pelo menos uns seis pedaços de bambu e isso veio para o rio no bagageiro de uma Brasília que acho que era da Edna. Ficou um tempo na minha casa na Av. Rui Barbosa no Rio e depois ele levou para Santa Teresa onde vocês moravam. Ele trouxe o instrumento já montado para minha casa para ensaios com o meu pai. Lembro claramente dele adaptando um captador aos dois bambus e isso era ligado a um pequeno amplificador de guitarra. Este instrumento ficou um bom tempo na minha casa. Volta e meia ele fazia "melhorias", como aumentar o tamanho das frestas para acertar o som. Acredito que ele tenha construído mais de um bambussom. Não sei nem se este foi o primeiro. O que lembro é da alegria do Pedro e do Sebastião Tapajós na sala da minha casa ensaiando muitas das músicas que viraram gravações antológicas. Lembro do seu pai como uma pessoa extremamente carinhosa e querida. Ele merece um documentário!
Beijos,
Ricardo Queiroz
Não existem palavras que possam dimensionar este relato... parece um filme.. de tão lindo e emocionante!!
ExcluirObrigada Ricardo!!!!
Um beijo grande, meu e de minha mãe... :o)
Realmente emocionante. Parece um roteiro de tão bem escrito.
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